São Paulo – As supostas conversas de integrantes do Planalto e do próprio presidente Luiz Inácio Lula da Silva com governadores e líderes do PMDB com objetivo de fechar uma chapa comum para 2006, foram classificadas como "ilegítimas" pelo presidente nacional da sigla, deputado federal Michel Temer (SP).
De acordo com o parlamentar, que concedeu entrevista na manhã de hoje para a Agência Estado, o presidente da República "atenta contra as instituições" quando discute sobre a formação de uma aliança, de forma isolada, com algumas lideranças."É legítimo que o presidente queira ter uma aliança como PMDB. Agora, tentar seduzir lideranças e governadores para pedir apoio mesmo sabendo que nós já definimos uma candidatura própria, é ilegítimo."
Para Temer, que tem viajado o País em busca de apoio a tese da candidatura própria, dificilmente o Planalto terá sucesso nas suas tratativas com o PMDB. "O que pode haver é uma ou outra distensão, mas o PMDB deve fechar com a candidatura própria. O que vejo é uma base muito unida em torno desta idéia" diz.
O presidente nacional do PMDB ainda admitiu uma aliança no segundo turno, caso o candidato do partido não seja bem-sucedido, mas disse estar seguro com a candidatura própria da legenda. "Se não chegarmos ao segundo turno, podemos até conversar. Mas, por enquanto, vamos com nosso candidato. Diria, inclusive, que uma parte dos governistas também deve aderir à nossa tese."
