Os assassinos dos três franceses que integravam a organização não-governamental (ONG) Terr’Ativa, mortos ontem a facadas na sede da entidade no Rio, pretendiam incendiar o apartamento onde funcionava a instituição. Desta forma, eles se livrariam das provas sobre um desfalque de R$ 80 mil na organização, que teria motivado o crime, e dos corpos das vítimas. Eles chegaram a esvaziar uma garrafa de álcool no apartamento. "O plano não foi à frente por uma falha técnica: nenhum deles levou fósforo ou isqueiro", informou hoje o delegado Marcus Castro.
Tarsio Ramires, José Michel e Luis Gonzaga de Oliveira, acusados pelo crime, prestaram depoimento durante a madrugada na 12ª Delegacia de Polícia, em Copacabana. Segundo o delegado, eles disseram que, pelo acordo inicial, José Michel e Luiz Gonzaga receberiam pela participação no crime o dinheiro encontrado no cofre da ONG. "Eles imaginavam ter pelo menos R$ 2 mil ali dentro, mas havia apenas R$ 300.
Os três acusados serão levados hoje para a carceragem da Polícia Interestadual (Polinter). Os corpos das vítimas – Delphine Douyère, Christian Doupes e Jérôme Faure – permanecem no Instituto Médico Legal (IML).
