O diretor-geral do Centro de Detenção Provisória (CDP) de Mauá, no ABC paulista, Wellington Rodrigo Segura, de 31 anos, foi assassinado a tiros, às 19 horas de ontem. A diretora de Recursos Humanos da unidade, Marilene Maria da Silva, de 25 anos também foi baleada e levada para o Pronto-Socorro Nardini, que fica na mesma cidade. Segundo a polícia, ela não corre risco de morte.

continua após a publicidade

O sistema prisional entrou em alerta após o assassinato. Mensagens eletrônicas foram repassadas para outros diretores-gerais de presídios e para sindicalistas, representantes dos agentes penitenciários. Os textos pediam para todos redobrarem a cautela.

O assassinato foi registrado no 1º Distrito Policial de Mauá. A Polícia Civil não descarta a hipótese de atentado cometido por integrantes do Primeiro Comando da Capital (PCC). O CDP de Mauá é dominado por detentos da facção. O delegado Renato Gomes Camacho afirmou que Wellington, assim como outros funcionários de presídios, recebia ameaças todos os dias. "Isso acontece sempre com quem trabalha nessa profissão", argumentou o policial.

Camacho disse que toda a Polícia Civil do ABC e da capital está empenhada em pender os autores do assassinato. Uma equipe da Delegacia de Roubo a Bancos do Departamento de Investigações sobre o Crime Organizado (Deic) também esteve ontem à noite em Mauá para auxiliar nos trabalhos de apuração. Os policiais investigam o PCC desde 2001.

continua após a publicidade

Wellington e Marilene estavam na perua Parati da Secretaria da Administração Penitenciária (SAP), em frente à casa dela, no Jardim Santista, em Mauá, quando o veículo foi cercado por três homens fortemente armados. Depois de dispararem contra as vítimas, os criminosos fugiram em outra perua Parati preta, que tomou rumo ignorado.