O presidente da Síria, Bashar Assad, foi mostrado hoje por uma emissora árabe de televisão dizendo que consideraria hostil qualquer mobilização de soldados estrangeiros na fronteira de seu país com o Líbano. "Primeiro, isso representaria a criação de condições hostis entre a Síria e o Líbano", disse Assad à Dubai TV, de acordo com trechos da entrevista divulgados pela emissora. "Em segundo lugar, existe uma mobilização hostil contra a Síria e isso naturalmente resultará em problemas", prosseguiu Assad.

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Os trechos da entrevista divulgados pela Dubai TV não mostravam Assad entrando em muitos detalhes. A íntegra da entrevista deveria ser exibida ainda hoje pela emissora. Em Helsinque, porém, o chanceler finlandês, Erkki Tuomioja, disse depois de um encontro com o ministro sírio das Relações Exteriores, Walid Moallem, que Damasco ameaçou fechar sua fronteira com o Líbano caso tropas de paz da Organização das Nações Unidas (ONU) sejam enviadas à região. A Finlândia ocupa a presidência de turno da União Européia (UE).

A Síria é o único país árabe com o qual o Líbano faz fronteira. Na opinião de Assad, o envio de tropas internacionais à fronteira entre a Síria e o Líbano seria uma "violação à soberania libanesa". Ontem, o primeiro-ministro de Israel, Ehud Olmert, disse que seu país suspenderá o bloqueio ao Líbano somente quando forças de paz da ONU forem enviadas à região, ocupando inclusive a fronteira libanesa com a Síria.

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