Na terça-feira, os 1,8 mil médicos da Unimed Paulistana irão às urnas escolher a nova diretoria da cooperativa em meio a um clima de acusações. A atual gestão, comandada pelo presidente Thyrson Loureiro de Almeida, é alvo de denúncias que foram parar no Ministério Público do Estado de São Paulo. A pedido do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco), o Departamento de Polícia Judiciária da Capital (Decap) instaurou inquérito para apurar as responsabilidades.

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As duas chapas concorrentes – Gestão com Resultados (encabeçada por um membro do atual conselho) e Unimed Paulistana Para Todos (franca oposição) – afirmam existir um dívida de R$ 460 milhões em tributos não pagos pela operadora, principalmente Imposto Sobre Serviços (ISS). A atual diretoria não reconhece a dívida e explica que a legislação deve ser aplicada de forma diferenciada para as cooperativas. Agora, a Polícia Civil investiga se houve irregularidades em contratos lesivos à empresa, favorecimentos pessoais e aplicações financeiras suspeitas.

Um contrato assinado em março deste ano chama a atenção. De acordo com a chapa Unimed Paulistana Para Todos, a cooperativa pagou R$ 20 milhões por uma carteira com 50 mil associados da Caixa de Assistência dos Advogados de São Paulo (Caasp), da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-SP), que já era da própria Unimed. O acordo foi firmado com a empresa responsável pela corretagem, a administradora de planos de saúde Divicom. O documento entregue ao Ministério Público aponta ainda casos em que decisões foram tomadas sem consulta aos cooperados, como o pedido de doação de R$ 160 mil feito pela diretoria financeira para a campanha do deputado Federal Dr. Nechar (PV-SP), em 2006, negado pelo conselho administrativo. A doação acabou sendo feita pela Federação das Unimeds do Estado de São Paulo, com a contribuição da Unimed Paulistana.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo

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