O goleiro Julio César afirmou nesta sexta-feira acreditar que o Brasil terá condições de fazer uma partida melhor contra a Costa do Marfim, já que para ele os africanos não jogarão tão fechados como a Coreia do Norte, derrotada pela seleção na estreia do Mundial por 2-1.
¨É uma seleção fisicamente muito forte, mas acho que para a gente vai ser bom o fato de eles terem empatado o primeiro jogo e precisarem do resultado. Vai ser um jogo completamente diferente do primeiro, quando a Coreia ficou visivelmente tentando se defender e explorar os contra-ataques. Acredito que a Costa do Marfim vai sair mais para o jogo¨, declarou o camisa 1 da equipe de Dunga.
O jogador disse ainda na entrevista coletiva, concedida no Randpark Golf Club, que toda vez que um adversário atua um pouco mais aberto contra o Brasil, isso facilita o trabalho do ataque da seleção.
Julio César também fez uma comparação entre os principais atacantes dos próximos rivais do Brasil, o marfinense Didier Drogba e o português Cristiano Ronaldo, que têm estilos diferentes.
Para o goleiro do Inter de Milão, que já enfrentou ambos em competições europeias, o lusitano é um jogador mais técnico, enquanto o africano é um atacante de muita força física.
Para ele, ambos são ótimos finalizadores e são bons cobradores de falta, com um jeito particular de bater na bola, o que é mais uma preocupação para a defesa brasileira.
Durante a entrevista, ao ser elogiado como um dos melhores goleiros do mundo e ser perguntado se sonhava com o prêmio de melhor jogador, Julio afirmou que só pensa no título da Copa.
“Já falei milhões de vezes que não tenho isso como meta, não coloco isso como meta, os prêmios individuais. Na minha vida as coisas sempre aconteceram naturalmente. Se um dia tiver que ganhar ou concorrer a um prêmio individual, seria bem bacana já ser indicado, não tenha dúvida nenhuma¨, declarou.
¨Mas como eu já frisei antes, acho que o mais importante é ganhar a Copa do Mundo, o prêmio coletivo. Este sim fica para o resto das nossas vidas, ganhar uma Copa do Mundo deve ser uma experiência única¨, completou.
¨O que eu quero é ganhar a Copa do Mundo, pegar aquele troféu¨, frisou.
O goleiro, que fez duras críticas à Jabulani antes do início da competição, evitou novas polêmicas e afirmou que esta é a bola da Copa e que os jogadores precisam se adaptar ao material.
Também defendeu a filosofia de trabalho do técnico Dunga, com treinos fechados e jogadores mais tempo concentrados, sem que a imprensa tenha muito acesso aos atletas.
A seleção brasileira treina na tarde desta sexta-feira na Saint Sthithian School, no bairro de Sandton, e não na habitual Randburg High School, que está com o gramado bastante comprometido.
No sábado, o Brasil fará o reconhecimento do gramado no estádio Soccer City, onde no domingo enfrenta a Costa do Marfim pela segunda rodada do Grupo G da Copa.
A seleção encerra a participação na primeira fase do Mundial contra Portugal, no dia 25, na cidade de Durban.