As famílias de baixa renda cadastradas no programa Armazém da Família, da Prefeitura de Curitiba, economizaram nos dois últimos anos (2005 e 2006) R$ 44 milhões. Neste período, as 21 lojas do programa venderam R$ 90 milhões em alimentos e produtos de higiene e limpeza. Se as compras tivessem sido feitas no mercado convencional o gasto seria de R$ 134 milhões.
"O objetivo do programa não é o lucro, mas cumprir o compromisso social de oferecer acesso a alimentos de qualidade na quantidade mínima necessária, conforme estabelecem os organismos internacionais e nacionais", diz o secretário municipal do Abastecimento, Norberto Ortigara.
O secretário calcula que cada família atendida pelo programa economiza um salário mínimo por ano. "Esta diferença pode ser aproveitada para outras necessidades das famílias, como vestuário, remédios, material escolar e até lazer", diz.
Em 2006, o volume de vendas dos Armazéns da Família foi de 30.396.695 quilos de produtos, 125% a mais que em 2004. No acumulado da gestão, o número de atendimento nas lojas foi de 1.997.408.
Segundo Ortigara, o sucesso dos Armazéns da Família é resultado da boa administração do programa e da sintonia entre o município e a população atendida. "A transparência das nossas ações atraiu maior número de fornecedores. A concorrência resultou em economia que é transferida ao preço final dos produtos", afirma.
Atualmente, 80% das compras que abastecem os Armazéns da Família são feitas pela Prefeitura diretamente das indústrias, cooperativas e frigoríficos. A lista conta com 400 fornecedores. No início da gestão eram apenas sete.