O governo do presidente Néstor Kirchner decidiu não enviar tropas argentinas para operar nas forças de paz da ONU no Líbano. O anúncio foi realizado pelo vice-chanceler Roberto García Moritán, que explicou que a Argentina "não está em condições de participar dessa força". Moritán explicou que a ONU já foi avisada da negativa argentina. Desta forma, o envolvimento argentino no conflito ficará restrito ao recente traslado do primeiro-ministro libanês, Fouad Siniora, de Beirute a Chipre em um helicóptero da Força Aérea argentina.

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Informações extra-oficiais indicam que além dos problemas orçamentários, o governo Kirchner não pretenderia entrar em um cenário "extremamente delicado" como o do Oriente Médio. Na Argentina existe temor de que uma eventual presença militar na região do conflito possa causar ressentimentos entre os fundamentalistas muçulmanos. Isso aumentaria os riscos de que a Argentina se torne novamente em um alvo do terrorismo islâmico – mais especificamente o Hezbollah – tal como no atentado contra a embaixada de Israel em Buenos Aires em 1992 e contra a associação beneficente judaica AMIA em 1994. Os dois ataques terroristas causaram a morte de 120 pessoas e ferimentos e mutilações em outras 500.

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