A Argentina fechou um acordo de última hora com o FMI (Fundo Monetário Internacional) e decidiu pagar a parcela de US$ 3,1 bilhões, que vence nesta terça-feira. A informação foi confirmada pelo governo argentino às agências internacionais de notícias em Buenos Aires.
De acordo com a edição on-line do jornal argentino “Clarín”, o entendimento seria resultado de uma conversa telefônica entre o presidente Néstor Kirchner e a diretora-gerente interina do Fundo, Anne Krueger, que aconteceu nesta manhã. O “Clarín” informa ainda que o Fundo teria cedido ao país e moderado o pedido para que a reestruturação da dívida com os credores privados seja conduzida por bancos privados. Kirchner se negava a aceitar esse termo.
A notícia, inclusive, fez disparar a Bolsa de Valores de Buenos Aires, que no começo da tarde subia mais de 4%. A cotação do dólar no mercado local, que pela manhã bateu em 2,98 pesos, recuou para 2,95 pesos nas casas de câmbio, segundo o “Ámbito Financiero”.
O entendimento evita que o país entre em moratória pela segunda vez com o Fundo. Em setembro do ano passado, a Argentina atrasou por 48 horas o pagamento de uma parcela de US$ 2,9 bilhões.
As negociações com o FMI se arrastavam havia semanas. (FolhaNews)