Brasília – Duzentos e onze milhões de hectares, ou 25% do território nacional, é o tamanho do total de florestas públicas cadastradas no Brasil, em 2008. O dado foi divulgado nesta sexta-feira (20) pelo Sistema Florestal Brasileiro, órgão ligado ao Ministério do Meio Ambiente, e representa um crescimento de 11,26% em relação ao ano passado, quando foram catalogados 194 milhões de hectares.

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Do total de áreas pertencentes ao Cadastro Nacional de Florestas Públicas, 185 milhões de hectares são florestas protegidas em Unidades de Conservação Federal e terras indígenas. Outros 25 milhões de hectares são florestas localizadas em terras sem destinação, ou seja, em áreas que não tiveram nenhuma destinação pública ou privada estabelecida legalmente. A idéia do governo é que todas as áreas de florestas públicas estejam inseridas em planos de conservação.

A maior parte das florestas públicas, cerca de 94%, está na Região Norte. Isso porque, apesar de a Lei de Gestão de Florestas ter sido sancionada em 2006 e obrigado os estados a fazer o cadastro, até o momento, apenas Amapá, Amazonas, Pará e Acre catalogaram suas florestas públicas.

Segundo o diretor-geral do Sistema Florestal Brasileiro, Tasso Azevedo, o principal benefício para que os estados cadastrem suas florestas que estão em áreas públicas é o fato de que elas serão permanentes. Com isso, não podem ser desmatadas e só poderão ser exploradas seguindo cronogramas de manejo florestal.

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?É do interesse do estado cadastrar suas florestas públicas, porque essa é a única forma de garantir que as florestas pertencem ao estado e só poderão fazer uso dessas áreas se estiverem cadastradas?, explicou Azevedo.

Segundo ele, a meta é que até 2010 todas as áreas de florestas públicas, estimadas 300 milhões de hectares, estejam cadastradas. Azevedo afirma que a principal dificuldade é encontrar a documentação das áreas. ?Precisamos encontrar a documentação das áreas públicas federais e estaduais, porque é com base nelas que vamos fazer o cruzamento de informações das florestas?, afirmou.

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Das áreas que ainda não estão protegidas em Unidades de Conservação, o Amazonas detém a maior parte, com 13,6 milhões de hectares, seguido do Pará (5,9 milhões de hectares) e de Roraima (4,7 milhões de hectares).