Área de desmatamento da floresta foi reduzida em 39% no Amazonas

Enquanto a área desmatada da Amazônia cresceu em 6% no biênio 2003/2004, segundo dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), no estado do Amazonas ela foi reduzida em 39%. O dado foi lembrado pelo secretário estadual de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, Vírgilio Viana, na abertura do "Primeiro Simpósio de Meio Ambiente e Qualidade de Vida", em Manaus, realizado pelo Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa) e pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). O evento integra as comemorações da Semana do Meio Ambiente.

"Esse resultado é uma vitória do Programa Zona Franca Verde. Instrumentos de comando e controle, como fiscalizar e punir, não são suficientes para impedir a destruição do meio ambiente. É preciso fomentar uma nova racionalidade de desenvolvimento: a floresta não pode ser vista como um obstáculo para se criar lavouras e pastagens, mas sim como um meio de melhorar de vida", argumentou Virgílio.

O Programa Zona Franca Verde é o conjunto de políticas públicas implementadas pelo governo de Eduardo Braga no interior do estado, voltadas para o incentivo a atividades agro-extrativistas. Entre elas está a criação da própria Secretaria Estadual do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (SDS) e da Agência de Florestas e Negócios Sustentáveis ? o objetivo é o de apoiar e desburocratizar projetos de uso econômico regulado dos recursos florestais. "Hoje, no nosso estado, é mais fácil conseguir licença para manejar a floresta em pé do que para derrubar árvores", garantiu ele.

A tentativa de criação da nova lógica de desenvolvimento, entretanto, envolve a união do conhecimento científico e do saber tradicional. Quem afirma isso é o gerente-executivo do Ibama no Amazonas, Henrique Pereira dos Santos. "Desenvolver e preservar é a grande questão posta para nós hoje. O Inpa contribui muito para buscar alternativas de uso sustentável da floresta, ao entender que a ciência não é um fim em si mesma, que ela precisa ter aplicabilidade", defendeu Lúcio Rabelo, presidente do Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam).

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