Curitiba (AE) – O árbitro paranaense Heber Roberto Lopes, acusado pelo empresário Nagib Fayad de ser "caseiro" e de manipular resultados, reafirmou nesta quinta-feira a sua inocência, garantindo que as acusações são "infundadas". "A coisa com certeza vai terminar muito bem", disse o juiz, que já foi afastado preventivamente pela CBF.

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Em depoimento na CPI dos Bingos, na quarta-feira, Nagib Fayad, empresário que pagava aos árbitros para que eles manipulassem os resultados dos jogos, citou uma fraude num jogo apitado por Heber Roberto Lopes. Foi a vitória do Botafogo sobre o Juventude, por 3 a 2, no dia 11 de junho, no Rio.

Segundo Nagib Fayad, o árbitro Edílson Pereira de Carvalho, que é réu confesso no escândalo da arbitragem, teria lhe dito para apostar no Botafogo naquele jogo, pois era vitória certa.

O jogo, na verdade, teve lances polêmicos. Mas, nesta quinta-feira, Heber fez questão de explicar sua marcação em todos eles. Ele, inclusive, citou um lance da partida para refutar a acusação de ser "caseiro", ou seja, favorecer o time da casa.

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O Botafogo teve dois pênaltis a seu favor na partida, mas um deles foi batido duas vezes, por determinação de Heber, apesar do time carioca ter marcado na primeira tentativa – houve invasão da área. "Confronta com a idéia desse cidadão de que sou caseiro", defendeu-se o árbitro.

Sobre a expulsão do atacante Enílton, do Juventude – após ter sido substituído, ele saiu de campo fazendo gestos de que o seu time estava sendo roubado -, o árbitro afirmou ter sido alertado pelo auxiliar Roberto Braatz. "Ele disse que na hora que saiu, o menino fez um sinal de que nós estaríamos prejudicando sua equipe. Perguntei se era lance para expulsão, o gesto foi muito feio e mostramos o cartão vermelho", relatou Heber.

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Segundo Heber, às vezes não é possível ver os gestos que alguns jogadores fazem por serem mais dirigidos à televisão ou à torcida. "Mas ele fez em frente ao assistente e foi bem explícito", lembrou o árbitro.