A Arábia Saudita contratou os bancos JPMorgan, HSBC e Citigroup para ajudar a vender títulos no mercado internacional, no que seria sua estreia com emissão de bonds, segundo contou uma fonte familiarizada com o assunto. O país visa fortalecer suas finanças prejudicadas pelos baixos preços do petróleo.

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A Arábia Saudita já garantiu um empréstimo de US $ 10 bilhões de um consórcio de credores internacionais em abril e já vendeu dívida para seus bancos domésticos. A Arábia e seus vizinhos do Golfo Pérsico – cuja fonte de receita principal decorre da venda de petróleo e gás – estão cada vez mais emitindo dívidas nos mercados internacionais, por conta da pressão sobre as finanças públicas neste período de preços baixos do petróleo.

O Qatar vendeu US$ 9 bilhões em bônus no mês passado, enquanto Omã recentemente levantou US$ 2,5 bilhões e o emirado de Abu Dabi captou US$ 5 bilhões com emissão de bonds. No início de junho, o ministro das Finanças da Arábia Saudita disse que o país estava se preparando para explorar os mercados internacionais pela primeira vez.

Os gestores de fundos e banqueiros especulam que a operação da Arábia Saudita pode exceder o valor de US$ 9 bilhões conseguido pelo Qatar,mas o ministro saudita disse que ainda não havia nenhuma decisão sobre o montante final que o país deseja levantar. “A partir de agora, o tamanho é indeterminado, vai depender do apetite do mercado”, disse a pessoa familiarizada com o assunto. Os sauditas também não decidiram sobre o momento exato da venda de títulos, disse a fonte.

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A Arábia Saudita, um dos principais exportadores de petróleo do mundo, registrou um déficit orçamentário de quase US$ 100 bilhões no ano passado, como resultado do declínio dos preços do petróleo. O país tem desde então executado um amplo pacote de reformas econômicas, que inclui a venda de ativos estatais e aumento de impostos, destinado a reduzir a sua dependência do petróleo. Até agora, o país tem conseguido diminuir o rombo com a venda de seus ativos no exterior, que geraram cerca de US$ 165 bilhões desde agosto de 2014, e com a venda de títulos domésticos.

Sem essas medidas e no ritmo atual de gastos, o Fundo Monetário Internacional (FMI) alertou que a Arábia Saudita poderia ficar sem fundos no prazo de cinco anos. Empresas de rating também rebaixaram as notas de classificação do país nos últimos meses. Fonte: Dow Jones Newswires.

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