O rei Abdullah da Arábia Saudita anunciou hoje a assinatura de um decreto por meio do qual a Arábia Saudita doará US$ 1,5 bilhão em ajuda emergencial ao Líbano. Do montante, US$ 500 milhões serão usados na reconstrução do país e US$ 1 bilhão será destinado ao Banco Central libanês para que este seja capaz de conduzir a economia
Ele também manifestou o temor de que a "arrogância israelense" provoque o fracasso das iniciativas diplomáticas e, eventualmente, uma guerra regional no Oriente Médio. "Se a opção da paz fracassar como resultado da arrogância israelense, a única alternativa restante será a guerra, e só Deus sabe o que será da região num conflito que não excluirá ninguém", alertou o monarca num comunicado lido na televisão estatal saudita. "A paciência não durará para sempre. Se o Exército israelense continuar com a destruição e a matança, ninguém poderá prever o que se passará", prosseguiu o rei
Arábia Saudita, Egito, Jordânia e Kuwait já repreenderam também o Hezbollah por suas ações. O primeiro-ministro de Israel, Ehud Olmert, afirmou que dará seqüência à sua ofensiva contra guerrilheiros do Hezbollah estabelecidos no Líbano e tomará "as mais severas medidas" contra os foguetes atirados contra Israel
A afirmação foi feita antes de Olmert reunir-se com a secretária de Estado dos EUA, Condoleezza Rice. Ele disse estar ciente das necessidades humanitárias da população libanesa, mas insistiu que Israel "está se defendendo do terrorismo". Sua declaração foi reforçada pelo vice-primeiro-ministro, Shimon Peres, no Parlamento. Segundo ele, nesta guerra "não há alternativa a não ser a vitória contra os terroristas". Segundo Peres, "moralmente o Hezbollah já foi vencido. Ele será também vencido militarmente"
Em episódios de violência ocorridos hoje, o Hezbollah lançou mais de uma dúzia de foguetes contra a cidade portuária israelense de Haifa, os quais atingiram as proximidades do hospital Rambam, ferindo diversas pessoas
Os ataques de Israel contra o Líbano, iniciados em 12 de julho, depois da captura de dois soldados israelenses pelo Hezbollah, já deixaram 400 libaneses mortos, civis em sua maioria. Disparos de foguetes do Hezbollah e confrontos militares também provocaram a morte de 40 israelenses