Apucarana tem nova subestação da Copel

O governador Roberto Requião e o presidente da Copel, Paulo Pimentel, inauguraram ontem a subestação Cristo Rei, em Apucarana, Norte do Estado. Foram investidos R$ 8,5 milhões na obra que irá ampliar consideravelmente a disponibilidade de energia para a cidade e localidades próximas. “O aumento dos empreendimentos da Copel se deve em razão dos ajustes realizados na empresa e da suspensão dos contratos que quebrariam a estatal”, registrou o governador.

Requião explicou a política tarifária da Copel, que tem como objetivo a inclusão social e a democratização da energia elétrica. “Ao invés de vender pouca energia a alto preço para alguns empresários, estamos vendendo energia barata e estimulando o consumo dentro do Estado”, disse, ao salientar que o sistema tributário brasileiro faz com que a energia exportada gere imposto de circulação na ponta, para o Estado comprador. “Nós estamos estimulando o crescimento da indústria, para ganharmos na escala e não no aumento do preço”, comentou. Ele lembrou que o governo do Estado recusou o acréscimo de 25% autorizado pela Aneel e que o reajuste deste ano foi menor do que a metade do aumento oferecido. “Depois de uma luta dura, a Copel está recuperada e estamos como a tarifa mais baixa do País”, afirmou.

Ampliação

Com a subestação Cristo Rei, o sistema operado pela Copel poderá atender adequadamente e com maior eficiência os novos pontos de consumo que venham a se instalar na região, assegurando ao município melhores condições de desenvolvimento econômico e social. A nova subestação vai significar, também, importante contribuição ao aumento da flexibilidade operacional do sistema elétrico da região Norte, reduzindo o risco de desligamento em situações de contingência. “Assumimos e estamos conseguindo honrar o compromisso de acompanhar o crescimento industrial do Paraná”, salientou o presidente da Copel, Paulo Pimentel. O crescimento industrial da região de Londrina foi de 7% no ano passado.

Subestação

Localizada na parte sul de Apucarana, nas proximidades do parque industrial da cidade, a subestação Cristo Rei começou a ser construída em maio de 2003, para operar integrada ao sistema de transmissão de 138 mil volts da Copel, conectada nesse nível de tensão às subestações de Apucarana e Mandaguari.

Seu principal equipamento, um transformador de 41 megavolts-ampères de potência, vai rebaixar em dez vezes a tensão de entrada da energia e alimentar, numa primeira etapa, cinco circuitos urbanos de distribuição em 13.800 volts. Estes, por sua vez, totalizam uma malha com 120 km de extensão. Conforme o projeto, a subestação poderá alimentar até 11 circuitos de distribuição.

A Copel atende a cerca de 35 mil unidades consumidoras em Apucarana. De imediato, a nova subestação irá assumir o suprimento às cargas de quase 12 mil ligações, sendo 11 mil residências, 600 estabelecimentos comerciais, 250 indústrias e 40 outros consumidores, como escolas, postos de saúde e hospitais.

Reconhecimento

“O Financial Times considerou a Copel, apoiado pela consultoria da Price Whiterhouse, a terceira melhor empresa de energia do mundo e o Global Financial Times, a melhor entre todas as empresas da América Latina”, registrou o governador, na inauguração, em Apucarana.

Requião destacou ainda a punição determinada pela Comissão de Valores Imobiliários (CVM) ao Banco Fator responsável pela modelagem da privatização da Copel por ter especulado com informações da modelagem na Bolsa de Valores. “Era uma quadrilha a serviço da privataria para entregar a empresa ?a preço de fim de feira?. Nós interrompemos esse processo. Ainda este mês, eu e o Paulo (Pimentel) vamos tocar o sino do pregão da Bolsa de Valores de Nova York e farei duas palestras sobre o sucesso da empresa paranaense de energia e como conseguimos resolver seus problemas, salvando o investimento de 15 mil norte americanos”, descreveu.

Programas

Além da preocupação com a melhoria no abastecimento de eletricidade, o governo do Estado mantém programas de cunho social na região. O programa Luz Fraterna, pelo qual a conta de luz de famílias de baixa renda são pagas pelo governo estadual, beneficia 1.950 famílias no município de Apucarana, 1.627 na área urbana. Também, mais 6.488 domicílios são beneficiados pela tarifa social, por consumirem menos de 80 kWh mensais, mas não se enquadram nos critérios do Luz Fraterna.

Distribuidoras estão discutindo fraudes

As distribuidoras de energia elétrica brasileiras deixaram de receber quase R$ 3,6 bilhões no ano que passou por conta do uso clandestino e também das fraudes contra a medição do consumo de eletricidade. O cálculo é da Abradee e tem por base as chamadas perdas comerciais das empresas, definidas como a diferença entre a quantidade de energia que foi consumida e a que foi faturada.

Para discutir este assunto, a Copel e a Associação Brasileira das Distribuidoras de Energia Elétrica (Abradee) realizam hoje, a partir das 8h30, no Hotel Blue Tree Towers (Av. 7 de Setembro, 5190 – Batel), em Curitiba, o 1.º Workshop sobre furtos e fraudes de energia e roubo de condutores e equipamentos um problema grave, preocupante e de proporções crescentes em todo o País.

Estarão presentes autoridades das agências reguladoras e fiscalizadoras dos setores de energia elétrica (Aneel) e de Telecomunicações (Anatel), representantes das forças policiais e de segurança, integrantes do Poder Judiciário e técnicos de concessionárias e entidades prestadoras de serviços públicos atingidas pelo problema. O objetivo é compartilhar experiências e estabelecer uma estratégia de ações articuladas para reprimir tais ocorrências, que geram enormes prejuízos econômicos e sociais. A abertura do seminário será feita pelo presidente da Copel, Paulo Pimentel.

Furo da fraude

O valor da receita frustrada das concessionárias equivale ao faturamento anual de uma empresa do porte da Copel, que atende a 3,1 milhões de ligações e comercializou no ano passado 18,7 milhões de megawatts-horas.

Ao faturamento não realizado em razão de gatos e fraudes na medição devem ser somados os prejuízos decorrentes do roubo de materiais e equipamentos das redes, como cabos condutores, transformadores e peças de estruturas.

Só com a reposição do material subtraído em 2003 de uma dúzia de empresas que, juntas, representam o atendimento de metade do mercado consumidor de eletricidade no País foram gastos mais de R$ 10 milhões.

Esse grupo de concessionárias totalizou no ano passado o registro de 2 mil ocorrências que envolveram o roubo de quase 1.500 km de cabos condutores mais 906 outros equipamentos de diversos tipos.

Os 1.500 km de condutores que tiveram de ser repostos em decorrência da ação dos ladrões seriam suficientes para conectar Curitiba a Brasília.

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