Todos os alunos de creches e pré-escolas e da 1ª à 8ª série do ensino fundamental, inclusive indígenas, têm o direito de receber uma refeição por dia nas escolas públicas de todo o país. É lei e está previsto no Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae), do governo federal.
Mas no município paranaense de Apucarana, o investimento na alimentação das crianças na escola é maior do que o previsto. Desde 2001, as escolas públicas funcionam em período integral e os alunos têm direito a três refeições por dia.
Esse investimento, segundo o prefeito da cidade, Valter Aparecido Pedorer, ajuda os pais a economizar: eles podem usar para outras necessidades o dinheiro que gastariam em alimentos. ?Com o dinheiro que sobra, as famílias podem comprar mais roupas, mais sapatos, reformar a casa e fazer passeios nos fins de semana. São fatores que ajudam também a melhorar a economia do próprio município?, afirmou.
Em uma parceria com o governo estadual, também os alunos do ensino médio em Apucarana recebem o lanche na escola. Essas experiências trouxeram outros benefícios, como a diminuição da criminalidade.
Hoje, segundo o prefeito, a criminalidade na cidade é uma das mais baixas do país, entre os municípios do tamanho de Apucarana. "Temos crianças mais bem desenvolvidas, com melhor alimentação e melhor desempenho escolar?, disse.
A cidade paranaense é uma das 12 do país que são referência em alimentação escolar. Em novembro do ano passado, ganhou o prêmio Gestor Eficiente da Merenda Escolar, do Ministério da Educação.
Segundo o presidente do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), Daniel Balaban, são destinados por ano R$ 1,7 bilhão para a alimentação escolar das crianças. Ele alerta que é necessário fiscalizar a utilização desses recursos.
"Nós temos em todos os municípios do país conselhos de Alimentação Escolar que verificam isso. Esses conselhos são formados por pessoas da sociedade civil, representantes de professores, pais de alunos. E são responsáveis por verificar a aplicação dos recursos na alimentação escolar?, disse.
Segundo Balaban, em breve o ensino médio de todo o país também deverá ter recursos para a alimentação.