Aprendizado cresce menos que escolaridade, aponta Inaf

A escolaridade do brasileiro aumentou nos últimos anos. O nível de aprendizado, no entanto, não cresceu da mesma forma. Essa é a conclusão de uma pesquisa divulgada ontem, pelo Instituto Paulo Montenegro, com dados do Indicador de Alfabetismo Funcional (Inaf), analisados desde 2001. O levantamento, disponível a partir de hoje, mede o nível de alfabetismo funcional dos brasileiros entre 15 e 64 anos, de todo o País, quer sejam estudantes ou não. Foram analisadas as habilidades de letramento (ler e escrever) e numeramento (habilidades em matemática) dessa população.

De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a parcela de pessoas de 15 a 64 anos com no máximo quatro anos de estudo caiu de 37,9% para 33,6% entre 2002 e 2005, enquanto a proporção dos que completaram o ensino médio ou superior subiu de 35,5% para 40,8% no mesmo período. No entanto, os números do Inaf mostram resultados menos animadores – como 9.874.768 de brasileiros que podem ser considerados analfabetos, ou 37.168.381 com alfabetização rudimentar. Ou seja são capazes de entender apenas textos pequenos e simples, como anúncios publicitários.

Além disso, revela um índice de analfabetismo de 12% entre jovens de 15 a 24 anos, com até a 4ª série, ou ainda 48% de alfabetização rudimentar no mesmo grupo. Apenas 8% deles podem ser considerados plenamente alfabetizados. Para Ana Lúcia Lima, coordenadora do instituto, a pesquisa revela a dificuldade da escola em diminuir esses números. ?Esse é um aluno que acaba progredindo na escola, mas não em termos reais?, diz.

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