Brasília – O empréstimo consignado com desconto em folha de pagamento para aposentados e pensionistas já acumulou R$ 20,2 bilhões em créditos concedidos, desde que o serviço passou a ser oferecido, em maio de 2004, até dezembro de 2006. Segundo dados divulgados nesta terça-feira (9) pelo Ministério da Previdência Social, só em dezembro, foram 600 mil novos contratos, no valor de R$ 800 milhões.
Do total de operações realizadas desde 2004, 10,2 milhões ainda estão ativas, totalizando R$ 17 bilhões.
O diretor de Benefícios da Previdência Social, Benedito Brunca, lembra que os aposentados e pensionistas são atraídos pelos juros mais baixos do empréstimo consignado, mas recomenda que o beneficiário faça pesquisas entre os bancos para escolher a taxa mais baixa. Os beneficiários podem consultar as taxas de juros praticadas por todos os bancos na página da Internet da Previdência Social (www.previdencia.gov.br), ou pelos telefones: 135 ou 0800-780191.
A taxa máxima que os bancos podem cobrar é de 2,78% ao mês. ?Esses 2,78% correspondem a um terço das taxas normais praticadas no mercado. O mercado cobra taxas entre 6% e 8% ao mês (para outros tipos de empréstimo). Vale lembrar que o beneficiário não é obrigado a obter o empréstimo no banco em que recebe o pagamento. Ele pode escolher a instituição que cobra a menor taxa de juros?, afirma Brunca.
A menor taxa de juros para um empréstimo pago em 12 meses é 1,70% ao mês, segundo dados do Ministério da Previdência Social, atualizados hoje (9) na internet. No caso de empréstimos com pagamento em 33 parcelas, que é a prazo médio escolhido pela maioria dos beneficiários do INSS, a menor taxa de juros chega a 2,30%, ao mês, assim como para o limite máximo de parcelas (36).
Segundo a Previdência Social, aposentados e pensionistas que ganham entre um e três salários mínimos representam mais da metade das operações. Do total de 10,2 milhões de operações ativas, 5,2 milhões são desse grupo de beneficiários, que pegam um valor médio de R$ 1,4 mil.
As operações referentes àqueles que recebem um salário mínimo são 2,6 milhões, com empréstimos médios de cerca de R$ 1.068. No caso de beneficiários com mais de três salários mínimos (2,3 milhões de operações), o valor médio do empréstimo é de R$ 2,8 mil.
Apesar do aumento da procura pelo empréstimo consignado, os empréstimos ainda se concentram em regiões de maior desenvolvimento econômico: São Paulo, onde foram emprestados no total R$ 5,4 bilhões, lidera a lista, seguido pelo Rio de Janeiro (R$ 2,5 bilhões) e Minas Gerais (R$ 2,07 bilhões), desde 2004. O menor valor total de empréstimos foi de Roraima, com R$ 18,4 milhões.