O aposentado Andreas Ratzinger, de 83 anos, morador em Toledo, a cerca de 550 quilômetros de Curitiba, no oeste do Paraná, não teve sossego desde que seu sobrenome tornou-se um dos mais conhecidos do mundo, com a escolha do cardeal Joseph Ratzinger como papa Bento XVI. O telefone não pára de tocar e sua casa vive cheia de visitas. "Se no dia em que eu morrer vier tanta gente será uma honra", brinca.

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O aposentado paranaense não sabe se há algum parentesco com o novo papa, mas esse não é um sobrenome comum. O avô de Andreas veio da Alemanha. "Ele dizia que tinha deixado parentes por lá", lembra. Andreas já se sente abençoado, apenas com a possibilidade do parentesco. "É uma grande honra", acentua. Católico, ele diz que vinha acompanhando os noticiários e que já tinha ouvido falar muito do cardeal que foi o braço direito do papa João Paulo II. "Achei desde o início que ele seria o escolhido." De sua família, apenas ele, que nasceu em Passo Fundo (RS), ficou no Brasil. Outros 5 irmãos homens e 5 mulheres foram em 1936 para a Argentina, com o pai. Hoje apenas um irmão e três irmãs estão vivos. De suas duas filhas e um filho, somente este mantém o sobrenome Ratzinger, que foi passado para dois netos.

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