No esforço para acalmar os ânimos e evitar a primeira greve nacional no segundo mandato do governo Lula, o ministro da Justiça, Tarso Genro, reuniu-se nesta segunda-feira (26) com as categorias que integram a Polícia Federal. Apesar do esforço, Genro não conseguiu dissuadir os policiais do movimento e na próxima sexta-feira haverá uma paralisação de advertência de 24 horas, preparatória da greve geral.
Nesse dia não serão emitidos passaportes e nem realizados serviços de rotina da PF. Apenas os serviços essenciais serão mantidos. Os policiais federais reivindicam 30% de reajuste, acertado no último acordo salarial de 2006, mas não foi cumprido até agora, além da lei orgânica da PF e da reestruturação da instituição.
Ao deixar a reunião, Genro disse que o governo respeita o movimento "desde que ocorra dentro da lei e da democracia e que prevaleça a responsabilidade e o espírito público". Segundo o ministro não é papel do governo impedir manifestações legítimas dos trabalhadores e que eles serão ouvidos com respeito. Genro disse também que essa visita, a primeira que um ministro realiza à principal entidade de representação dos policiais federais (Federação Nacional dos Policiais Federais), é uma sinalização da importância que o governo dá à instituição e do seu compromisso em continuar a luta contra o crime organizado e pelo fortalecimento da categoria.