A implosão do esqueleto de um prédio cuja obra foi embargada há mais de 10 anos no Centro Comercial Sul de Brasília não trouxe o espetáculo esperado pela população.
Depois da detonação dos 200 quilos de explosivos, parte do prédio, de cinco andares, continuava de pé
À primeira vista, parecia que a operação tinha fracassado. Mas o engenheiro Marcelo Martins Borba, da MB Engenharia, disse que o resultado era, em parte, esperado.
"Sabíamos que a explosão não provocaria a destruição de 100% do prédio", disse. Pela avaliação inicial, 70% da construção foi destruída
O prédio, conhecido como esqueleto da Bi Ba Bô, tinha 15 mil metros quadrados de área construída, em cinco pavimentos.
O engenheiro afirmou que a dificuldade da implosão já era esperada por duas razões: a estrutura do esqueleto era muito reforçada e o prédio, baixo e bastante largo.
"Quando as construções são mais altas, o próprio peso dos andares mais altos, destruídos pela implosão, acaba ajudando na demolição dos andares inferiores", disse.
A expectativa é que, em 60 dias, a demolição seja concluída e o entulho, removido.
O dono do terreno arcou com os custos da demolição. Em troca, ele receberá do governo do Distrito Federal um alvará para construção de outro prédio no local.
Esta é a segunda implosão ocorrida no DF neste ano. Ao assumir, o governador José Roberto Arruda se comprometeu a demolir os vários esqueletos de edifícios.