Após ouvir o banqueiro Daniel Dantas na reunião de hoje da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, o senador Antônio Carlos Magalhães (PFL-BA), afirmou que agora é importante ouvir o presidente do Citigroup, Gustavo Marin.

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Segundo ACM, que preside a CCJ, o depoimento de Marin servirá para esclarecer algumas declarações de Dantas que, no seu depoimento, reafirmou a versão de que dirigentes do PT exigiram que ele doasse recursos para o partido em troca da suspensão das pressões do governo para tirar o Opportunity do controle da Brasil Telecom. Também por pressão, feita pelo ex-presidente do Banco do Brasil Cássio Casseb, que o Citibank teria rompido a sociedade que tinha com o Opportunity na Brasil Telecom.

O depoimento, encerrado nesta tarde, foi tumultuado por causa de um bate-boca entre Dantas e a senadora petista Ideli Salvatti (SC). Ela lembrou que Dantas estava sendo processado em várias partes do mundo e está por trás de todas as irregularidades, no período em que o Opportunity administrou a Brasil Telecom. Para se defender, Dantas disse que isso era o mesmo que dizer que o presidente Lula estaria por trás do mensalão, já que foi o PT, partido de Lula, o acusado de operar o esquema.

Em outro momento do depoimento, Dantas questionou por que Ideli não declinava o nome dos corrompidos, já que acreditava que era ele o responsável pela corrupção. Se ele era corruptor, onde estariam os corrompidos? Indignada, Ideli exigiu que o senador ACM proibisse Dantas de fazer perguntas. ACM advertiu Dantas que não poderia fazer perguntas aos senadores, mas lembrou que ele estava livre para responder o que quisesse.

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