Após acidente, Defesa Civil quer nova lei de desocupação

A Defesa Civil da capital paulista vai "repensar", depois de normalizar a situação da cratera aberta pelo desabamento nas obras do Metrô, uma maneira de alterar a legislação de desocupação de área em situações de risco. Hoje, a lei não contempla moradores e comerciantes vizinhos desses locais.

Na construção da Estação Pinheiros da Linha 4 do Metrô, por exemplo, existe um alerta para funcionários deixarem o local. Uma sirene é acionada. A proposta é que o aviso chegue às demais pessoas na região. Em alguns lugares, como na obra na Avenida Faria Lima, onde também haverá uma estação, moradores muitas vezes deixam os prédios ao ouvir o toque. "O Andraus e o Joelma (dois casos de incêndio famosos em edifícios pela proporção e pela tragédia) foram um marco na legislação de combate a incêndio. Que esse desastre também sirva para mudar a legislação", disse o coordenador da Defesa Civil, coronel Jair Pacca de Lima.

Segundo Lima, o objetivo é atender, por exemplo, alvos de atentados criminosos, como os que ocorreram na Rua 25 de Março, um grande centro de compras da capital paulista. "Estamos vivendo um momento de tensão; passando a fase da emoção, deverá haver um trabalho para o aperfeiçoamento da legislação." Para ele, o ataque ao World Trade Center, nos EUA, já deu um bom motivo para que se tivesse pensado nisso. "Temos de ter uma legislação mais moderna." Ontem, o coronel confirmou que o Consórcio Via Amarela, responsável pelas obras, não tinha um plano para retirar rapidamente as famílias do entorno.

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