Após oito dias úteis em alta, o câmbio fechou nesta terça-feira (28) em baixa. No pregão viva-voz da Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F), o dólar à vista encerrou com perda de 0,23%, a R$ 2,1860. No mercado interbancário, o dólar comercial caiu 0,14% e terminou a R$ 2,1880.

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As cotações da moeda norte-americana iniciaram a tarde nas mínimas do dia, refletindo o fluxo comercial expressivo registrado na primeira parte dos negócios que fez com que o dólar recuasse após bater a máxima de R$ 2,196 (+0,23%).

Depois do discurso do presidente do Federal Reserve (Fed, banco central dos Estados Unidos), Ben Bernanke, o dólar devolveu a baixa e subiu momentaneamente – acompanhando a oscilação das Bolsas em Nova York e a queda mais acentuada da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) paulista naquele momento – e logo depois a moeda norte-americana já caía novamente.

Após a fala de Bernanke, o dólar avançou a R$ 2,1920, em alta de 0,05% na BM&F e +0,09% a R$ 2,1930 no mercado interbancário (dólar comercial). Segundo um operador, a liquidez no mercado à vista foi menor à tarde do que de manhã. De todo modo, o recuo da Bovespa estimulou compras de dólares, favorecendo a rápida alta.

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O presidente do Fed disse que o núcleo da inflação ainda está "desconfortavelmente elevado" e alertou que seria "especialmente problemático" se a inflação não moderasse como ele e outros membros do BC dos EUA esperam. "No caso da inflação, os riscos para a previsão parecem principalmente na alta", segundo o presidente do Fed.

O tom das declarações de Bernanke foi repetida pelo presidente do Fed de Filadélfia, Charles Plosser, que disse que "há uma significativa possibilidade de as taxas de inflação virem a permanecer acima daquelas consistentes com a estabilidade de preços por algum tempo".

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