Apoio de prefeitos a candidatos pode se tornar crime

O jurista e ex-ministro da Justiça Miguel Reale Jr., idealizador do manifesto "Da indignação à Ação", centro de um movimento civil iniciado, nesta quarta-feira, pretende propor que se criminalize o apoio de prefeitos e vereadores a campanhas de deputados, senadores e candidatos à presidência da República.

"Queremos a criminalização daquilo que leva a maior parte do dinheiro sujo de uma campanha eleitoral, que é o pagamento de cabos eleitorais, especialmente prefeitos e vereadores, que vendem seu apoio político", afirmou Reale.

Segundo o jurista, o movimento também pretende propor um prazo de dois anos de filiação partidária para qualquer candidato a cargos legislativos ou executivos. "Com isso se reduz essa lambança dos partidos políticos e a possibilidade de compra de deputados por esta ou aquela legenda".

Reale ainda diz que o movimento também pretende concentrar forças no financiamento público de campanha em composição com contribuições de pessoas físicas e o voto distrital misto. "O presidente do TSE diz que é muito caro o financiamento de campanha. Eu digo: não é mais cara a corrupção que se instala com o financiamento por empresas privadas, que dão dinheiro na busca por retornos e benefícios ilícitos?"

Segundo Reale, as idéias, ainda em fase de amadurecimento, deverão se aprofundadas nas audiências públicas que serão promovidas pelo movimento e posteriormente, poderão virar projetos a serem enviados para o Congresso. Ainda de acordo com o jurista, o movimento dará total apoio a proposta que deve sair da comissão de reforma eleitoral montada pelo TSE e que deve propor medidas às instâncias parlamentares.

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