Irreconciliável adversário do casal Garotinho, o prefeito do Rio Cesar Maia (PFL), afirmou que a possibilidade de aproximação entre o grupo político comandado pelo ex-governador Anthony Garotinho (PMDB) e o candidato do PSDB à Presidência, Geraldo Alckmin, seria o "beijo da morte" para a candidatura tucana. A aproximação é apoiada pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, que telefonou para a governadora Rosinha Garotinho (PMDB) tentando juntar forças contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. "A rejeição a Garotinho por aqui é terminal", afirmou Maia.

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O quadro político fluminense complica a possível aproximação de tucanos e peemedebistas no Rio – pelo menos no primeiro turno. O PFL apóia a candidata do PPS ao governo estadual, a deputada federal Denise Frossard. O PSDB tem outro candidato, o deputado federal Eduardo Paes. Ambos defendem Alckmin e têm discurso de oposição ao governo estadual, comandado pelo casal, cujo candidato é Cabral Filho. O senador, depois da derrota de Garotinho na tentativa de ser candidato a presidente pelo PMDB, fez alianças com prefeitos petistas no interior em torno da candidatura Lula, mas não hostiliza Alckmin, evita polêmicas e é visto como candidato do esquema político dominante no Estado.

Entre os tucanos do Rio, a possibilidade de uma aliança com Garotinho ainda no primeiro turno é vista como remota e não altera a estratégia do partido de atacar a administração estadual. "Vou continuar enfiando a raquete", disse o presidente regional do PSDB, deputado estadual Luiz Paulo Corrêa da Rocha. "Acho que (Garotinho e Rosinha) são um atraso para a política." Integrantes do PSDB do Rio reconhecem, porém, que há conversas entre o comando nacional tucano e os Garotinho há pelo menos nove meses. Após a derrota de Garotinho no PMDB, ele conversou com Alckmin em São Paulo sobre a possibilidade de apoiá-lo.

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