Apoio a Portugal deve ficar em torno de 80 bi de euros

As autoridades europeias trabalham em um pacote de ajuda de cerca de 80 bilhões de euros para Portugal, o qual esperam selar em meados de maio, antes do vencimento de 4,9 bilhões de euros em bônus do governo em meados de junho. Em contrapartida, as autoridades disseram que exigirão de Portugal um “ambicioso ajuste fiscal”, que pode incluir privatizações e que terá de ser aprovado pelo Parlamento para que o país tenha acesso ao pacote.

O comissário econômico da União Europeia (UE), Olli Rehn, e o presidente do Banco Central Europeu (BCE), Jean-Claude Trichet, afirmaram que a ajuda deveria ficar pronta para aprovação no encontro regular de ministros de 16 e 17 de maio. O veículo de ajuda financeira da UE pode disponibilizar os recursos cerca de 10 dias após o fechamento do acordo. As autoridades estão reunidas próximo a Budapeste para a reunião do conselho econômico da UE, que termina domingo.

O cronograma é, entretanto, complicado pela crise política provocada pelo colapso do governo no mês passado. As autoridades europeias dizem que, nessa situação, pretendem negociar a ajuda com todos os principais partidos políticos e obter uma garantia de cumprimentos dos termos acertados pelo vencedor das eleições de 5 de junho.

Rehn disse que o novo pacote “não pode ser exatamente” igual ao que foi rejeitado pelo Parlamento português e que causou a renúncia do primeiro-ministro, José Sócrates. Rehn, cuja equipe lidera os trabalhos de avaliação da situação fiscal de Portugal, disse que o pacote deve ficar em torno de 80 bilhões de euros, acrescentando ser necessário ainda dissecar os números antes de uma determinação final.

Ajuda

O ministro das Finanças do Reino Unido, George Osborne, disse que precisa existir um pacote de ajuda do Fundo Monetário Internacional (FMI) para Portugal antes de a UE comprometer quaisquer recursos para aquele país. Falando no primeiro dos dois dias de uma reunião informal dos ministros das Finanças dos países da UE, Osborne também afirmou que o Reino Unido não fará nenhum empréstimo direto a Portugal. As informações são da Dow Jones.

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