Apesar de cessar-fogo, israelenses atacam a Cisjordânia

Soldados israelenses assassinaram um miliciano ligado ao braço armado do grupo islâmico Hamas em uma operação militar contra a Cisjordânia hoje de manhã, abalando uma frágil trégua iniciada ontem e que pôs fim a mais de cinco meses de violência na Faixa de Gaza. O cessar-fogo alimentou esperanças de que israelenses e palestinos finalmente conseguiriam retomar os esforços de paz e teme-se que a continuidade da violência entre as partes, mesmo que esporádica, faça descarrilar a iniciativa.

Num discurso pronunciado hoje, porém, o primeiro-ministro de Israel, Ehud Olmert, assegurou que os palestinos conseguirão fundar um Estado independente e soberano na Cisjordânia e em Gaza por meio de negociações se abandonarem a luta armada. Segundo Olmert, os palestinos estão numa "encruzilhada histórica" entre a paz e a guerra. Caso os palestinos optem pela paz, Israel desmantelará postos militares, liberará dezenas de milhões de dólares que devem ser repassados à Autoridade Nacional Palestina (ANP) e abandonará assentamentos judaicos, prometeu Olmert.

"Estamos dispostos a fazer essas concessões em troca de uma paz verdadeira", declarou Olmert. Apesar do ataque israelense a Qabatiya, na Cisjordânia, o cessar-fogo parecia manter-se em Gaza, sem notícias de novas operações militares por parte de Israel nem de disparos de foguetes por militantes palestinos.

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