Apesar das filas, eleição venezuelana transcorre em clima de tranqüilidade

Brasília – A eleição venezuelana para escolher o novo presidente da República acontece em clima de tranqüilidade. A expectativa é de que dezesseis milhões de venezuelanos compareçam às urnas para escolher, entre 14 candidatos, o futuro presidente.  Apesar das filas que se formaram desde o início da madrugada deste domingo (3), até às 10h30 (12h30 em Brasília), não havia registros de incidentes ou tumultos significativos.

Entre os postulantes ao cargo, dois favoritos: o atual presidente Hugo Chávez e o governador do estado de Zulia, Manuel Rosales. Vários observadores internacionais, inclusive de movimentos sociais brasileiros acompanham a votação e a apuração dos votos na Venezuela. O voto não é obrigatório no país e, segundo o Conselho Nacional Eleitoral, 130 mil soldados fazem a vigilância dos postos eleitorais.

De acordo com o assessor do gabinete do Ministério da Indústria Básica e Mineração da Venezuela, o brasileiro Luciano Wexell Severo, governo e oposicionistas estimularam os venezuelanos a votarem. Graças a isso, a expectativa é de que os índices de abstenção sejam pequenos. Prevendo a formação de filas, o governo orientou os eleitores a chegarem cedo às seções eleitorais.

Segundo Severo, a população de Caracas foi acordada às 3 horas da manhã por partidários dos principais candidatos, que saíram às ruas em carreatas. O brasileiro afirma que antes mesmo do horário previsto para o início da eleição (6 horas pelo horário local) já era grande o número de pessoas aguardando pela abertura das seções eleitorais.

?O país está vivendo um clima de expectativa muito grande. Os venezuelanos parecem ter atendido à convocação e tirado o dia para votar e acompanhar o resultado. Eles levam algo para comer e aguardam nas filas?. Severo destacou o fato de oposição e governo terem estimulado a participação eleitoral e o fato de a imprensa venezuelana, a seu ver, estar cobrindo a eleição de maneira mais equilibrada que em anos anteriores. "Todos parecem ter aceitado as regras do jogo democrático."

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