O ex-jogador Diego Armando Maradona se encontrou com Fidel Castro, em Havana, na noite de quinta-feira, e mostrou uma língua cada vez mais afiada. Discorreu sobre vários assuntos e, como de costume, fez declarações polêmicas. O astro disse que ainda não sabe se vai à Copa da Alemanha com a seleção argentina, elogiou o ditador cubano e chamou o presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, de "assassino".

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Maradona participou de um programa especial da televisão cubana ao lado de Fidel e voltou a manifestar total apoio ao regime da ilha. Em sua opinião, Fidel é um "deus" e garantiu que voltará a Cuba depois de concluir o seu trabalho no Canal 13.

Como bom ator, aproveitou, então, para atacar Bush. Vestido com uma camiseta com o rosto de Che Guevara estampado no peito, prometeu a Fidel liderar marcha contra a presença do norte-americano na Cúpula das Américas, que acontece entre os dias 4 e 5 de novembro em Mar del Plata, na Argentina.

"Para mim, trata-se de um assassino. Os argentinos têm de repudiar (a visita) e impedir que ele vá ao nosso país", disse Maradona, bem magrinho. "Vou encabeçar uma marcha para impedir que ele pise no nosso território", insistiu.

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Maradona também não decidiu se vai aceitar o convite para trabalhar na seleção argentina na Copa do Mundo de 2006. "Ainda não tenho claro o que iria fazer", observou. "Se for para ficar como figura decorativa, melhor ficar em casa."

Também sobrou para a Fifa. Maradona quer que o futebol deixe de ser mercantilista e criticou duramente a entidade que rege o esporte. "Nunca vou pertencer à família Fifa", avisou. "Sempre fui convidado para promover seus torneios, mas nunca irei. Sei que servem apenas para tirar dinheiro das pessoas."

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