A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) cancelou o registro de 130 medicamentos similares de alto risco que nunca foram submetidos a testes. A relação dos remédios foi divulgada nesta terça-feira pelo Diário Oficial da União. Os produtos que tiveram a venda proibida eram utilizados no tratamento de distúrbios psiquiátricos, problemas cardíacos, hipertensão e asma.

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Esses produtos tiveram os registros cancelados e a fabricação e distribuição proibidas porque os laboratórios não apresentaram à Anvisa os teste que provavam que os similares tem a mesma eficiência dos medicamentos de referência. O similar seria uma cópia dos medicamentos de referência, que é o produto de marca, pesquisado e desenvolvido por um laboratório.

Os testes exigidos pela Anvisa são realizados em seres humanos e demonstra em qual quantidade e quanto tempo, depois de administrado, o princípio ativo dos remédios atinge a corrente sanguínea. A partir disso, verifica-se se a eficiência do medicamento similar é a mesma do de referência.

Os laboratórios têm 30 dias, a partir de hoje, para recolherem os produtos das farmácias, hospitais e postos de saúde. A Anvisa também suspendeu temporariamente a fabricação de outros 30 medicamentos. Esses produtos já cumpriram parte dos testes exigidos por isso terão mais um ano para apresentar os resultados.

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O gerente de medicamento da Anvisa, Dirceu Raposo, ressaltou que não haverá falta de remédios no mercado. "Não haverá de maneira alguma desabastecimento do mercado, já que todos esses produtos têm mais de um fabricante e todos eles têm medicamentos genéricos, já submetidos a testes".

Segundo Raposo, até 2014 todos os similares que estão no mercado estarão adequados às normas exigidas pela Anvisa. Atualmente, existem cerca de 18.000 medicamentos comercializados no Brasil. Sendo que 70% deles são similares.

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