O ministro da Fazenda, Antônio Palocci, disse hoje, durante palestra no Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES), no Palácio do Planalto, que o processo de crescimento brasileiro é sólido e que o país deu início a uma nova fase de sua economia. “Todos os indicadores das contas externas, de investimentos e de crescimento mostram que nós não estamos num vôo de curta duração. O Brasil iniciou um novo ciclo”, afirmou.
Segundo Palocci, é preciso, agora, olhar o processo econômico brasileiro de forma global, fazendo os estímulos adequados e focados nas questões consideradas fundamentais para a geração de empregos. O ministro citou dados do Ministério do Trabalho que mostram que, até setembro deste ano, foram criados 1,6 milhão de empregos formais.
“Mantendo este ritmo de crescimento econômico, de geração de empregos e de desenvolvimento, certamente em alguns anos o Brasil vai ocupar outro lugar na economia mundial e vai dar à sua população condição de vida, de desenvolvimento e de emprego muito melhor do que nós temos neste momento”, lembrou Palocci, citando a importância que representa a aprovação, pelo Congresso Nacional, do projeto de Parcerias Público-Privadas (PPPs) – fundamental para que os investimentos em infra-estrutura sejam ampliados.
O ministro ressaltou que todos os investimentos que gerem retorno econômico devem ser feitos pela iniciativa privada. “Mas há muitas questões que não dão retorno econômico, mas dão retorno social importante, por isso é necessário fazer o investimento. Nestes casos, o investimento deve ser público ou em parceria com a iniciativa privada. É nesse ambiente que estamos construindo as condições para maior investimento em infra-estrutura”, reafirmou.
Durante sua palestra aos integrantes do CDES, Palocci lembrou que ao longo dos últimos anos, o Brasil perdeu em capacidade de investimento público. Ele ressaltou que, há algumas décadas, o Brasil era um país jovem, que tinha nove contribuintes para cada aposentado e, por isso, podia investir com tranqüilidade. Hoje, disse, o país possui 1,4 contribuintes para cada aposentado e, em conseqüência, as contas ficaram mais apertadas e a possibilidade de investimentos públicos sofreu forte redução.
“Para reverter este quadro, é preciso adotar medidas combinadas. O governo precisa aumentar sua poupança para investir onde é necessário; precisamos melhorar todo o arcabouço institucional e regulatório para a iniciativa privada fazer os investimentos fundamentais; e precisamos, entre um e outro campo de investimentos, construir as parcerias público-privadas, que é um trabalho que está em fase final no Congresso”, opinou o ministro da Fazenda.
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