Dentro de no máximo um mês, o Porto de Antonina deverá possuir o seu próprio Conselho de Autoridade Portuária (CAP). A promessa foi feita durante visita do superintendente da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa), Eduardo Requião, autor da proposta, ao ministro dos Transportes, Alfredo Nascimento, no último final de semana.

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O dirigente portuário, que esteve acompanhado de representantes do porto capelista e do deputado federal Max Rosenmann, disse que o status de cidade portuária trará a Antonina, além de geração de empregos, investimentos dos governos federal e estadual, gerando empregos e renda, atendendo não só a própria cidade, como também os municípios vizinhos.

?Antonina, apesar de possuir o porto mais antigo do País, por décadas caminhou na sombra de Paranaguá e a criação do CAP local dá a autonomia necessária para buscar o desenvolvimento que sempre mereceu, com geração de renda e de empregos?, disse.

A criação do CAP de Antonina, entretanto, não significa que o porto local será desmembrado, pois permanecerá sob o comando da administração dos portos paranaenses, que possui um superintendente e diretores, entre eles, o do porto capelista.

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O deputado Max Rosenmann afirmou que o encontro foi altamente positivo e que o superintendente da Appa demonstrou ao ministro a eficácia dos portos paranaenses e a seriedade com que a instituição é tratada. ?Medidas administrativas – como a logística adotada que, entre outros fatores, acabou com as filas de caminhões e de navios, desenvolveram os portos paranaenses e apresentam ao País um exemplo de eficácia, além da produtividade, que é a maior entre os portos brasileiros – são os principais fatores que levaram os portos do Paraná a conquistao respeito não só das autoridades federais, como da população paranaense?, disse o deputado.

A reivindicação levada por Eduardo Requião é resultado de um clamor de toda a comunidade, registrado na Carta da Comunidade de Antonina, subscrita pelo prefeito Kleber Fonseca, por todos os vereadores, empresários, sindicalistas, operadores portuários, exportadores e importadores que demandam o porto.

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A carta foi endereçada ao ministro, mas uma cópia chegou também ao governador Roberto Requião, ao Conselho de Autoridade Portuária (CAP) e a Agência Nacional de Transportes Aquaviários (ANTAq). ?Todas estas entidades aprovaram a instituição deste colegiado, por entenderem que o Porto de Antonina, atinge uma maturidade que demanda um fórum específico e qualificado para discutir seu futuro, no entanto, sem perder o elo de ligação, com o Porto co-irmão de Paranaguá, os quais junto com Pontal, compõe o Sistema Portuário do Paraná?, disse o diretor do Terminal Portuário Ponta do Félix, Juarez Moraes e Silva, que acompanhou o superintendente à Brasília. Segundo Moraes e Silva, o ministro prometeu instituir o CAP ainda este ano.

Movimentação

Na Carta da Comunidade de Antonina, dados importantes sustentam a argumentação para o posicionamento favorável do Ministério sobre a criação de um CAP exclusivo. Entre as informações apresentadas está a crescente movimentação do Porto de Antonina, que ultrapassou um milhão de toneladas em 2004, atendendo setores estratégicos para o País, tais como carnes congeladas, siderurgia, agro-florestais e fertilizantes.

A atividade portuária é responsável pela geração de mais de mil empregos diretos, entre trabalhadores próprios, avulsos e terceirizados. ?Além disso, há a necessidade da integração e do comprometimento de todos os segmentos envolvidos com as peculiaridades e especificidades do Porto de Antonina, possibilitando subsidiar a Autoridade Portuária no processo decisório?, declarou Moraes e Silva.