O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), candidato à reeleição, está aproveitando para fazer campanha nesses momentos que antecedem a sessão que elegerá o presidente da Casa e os integrantes da Mesa Diretora. Ele acaba de visitar o líder do PDT, senador Osmar Dias (PR), e entrou há pouco na Liderança do PSB. A idéia é fazer uma peregrinação pelos partidos que asseguraram apoio fechado de suas bancadas à reeleição de Calheiros

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Na tentativa de reduzir ao mínimo as dissidências dentro do próprio PMDB, Calheiros, que tem o apoio do Palácio do Planalto, compareceu ontem à noite a um jantar com toda a bancada, oferecido a ele pelo ex-governador do Distrito Federal e senador Joaquim Roriz (PMDB). Embora participe do bloco de oposição ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Roriz fez questão de abrir a reunião dos peemedebistas com uma declaração de voto em Renan Calheiros e pedindo a unidade da bancada em torno do presidente Senado

Na reta final da campanha, Calheiros perdeu votos para o líder do PFL e candidato da oposição, senador José Agripino (RN), por causa da insatisfação de senadores da base aliado com o governo e das mágoas que restaram com o PT por conta do processo eleitoral do ano passado. A conta mais pessimista que fazem aliados de Calheiros no PMDB apontam para uma perda de 10% dos votos – ou seja, quatro dos 20 senadores do partido -, mas os aliados de Calheiros apostam que, na urna, faltarão apenas os votos de dois peemedebistas: os senadores Jarbas Vasconcellos (PE) e Garibaldi Alves Filho (RN).

Ambos prestigiaram o jantar oferecido a Calheiros e fizeram questão de declarar que o voto em Agripino revela uma postura de oposição a Lula, pois nenhum dos dois tem reparo a fazer em relação à atuação de Calheiros à frente do Senado. Até o momento dois senadores do grupo de oposição se declaram em dúvida quanto ao candidato em quem votar: Almeida Lima (SE) e Mão Santa (PI)

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