A Agência Nacional do Petróleo (ANP) lançou hoje (5) a quinta rodada de licitação de áreas para exploração e produção de petróleo e gás, que será voltada para atrir pequenas e médias empresas do setor. Serão postas 1.122 áreas em leilão, número bem superior aos 54 blocos da quarta rodada. O tamanho das áreas, porém, será muito menor e elas poderão ser agrupadas de acordo com o interesse dos investidores seguindo um conceito mundial chamado conhecido como células exploratórias.
As células, divididas em nove bacias sedimentares, não serão licitadas uma a uma, como nos leilões anteriores. Agora, o investidor desenha uma área com uma ou mais células e dá um lance para ficar com ela. Dessa forma, a agência espera atrair empresas menores, que temiam o risco de investir em blocos grandes como no passado.
?Nossa intenção é diversificar o perfil de empresas no mercado brasileiro. Os países com uma indústria de petróleo desenvolvida tem grande atividade de pequenas e médias empresas, explorando pequenas áreas?, disse o diretor-geral da agência, Sebastião do Rego Barros.
Com a redução do tamanho das áreas, a taxa de participação nos leilões também será reduzida, diz o diretor da ANP John Forman, responsável pela área de licitações. Entre as mudanças, a agência incluiu o compromisso com investimentos em exploração nos requisitos para a classificação de uma oferta.
?Assim podemos garantir mais investimentos na economia real, na infra-estrutura das regiões?, disse Rego Barros. Antes a pontuação das ofertas era feita sobre o valor do lance e o compromisso mínimo com contratação de bens e serviços no Brasil.