ANP confirma suspensão de investimentos no Gasbol

A Agência Nacional do Petróleo (ANP) confirmou esta tarde que a Petrobras, a espanhola Repsol e a francesa Total retiraram suas propostas de expansão do gasoduto Brasil-Bolívia (Gasbol). As ofertas haviam sido apresentadas no final de março, a partir de chamada pública realizada pela TBG, responsável pelo gasoduto, e submetidas à ANP.

A reguladora estava atualmente confrontando as propostas para dar prosseguimento ao processo licitatório. Além das três empresas, também haviam manifestado interesse de participar da expansão do gasoduto a Pan American Energy do Brasil (2,70 milhões de metros cúbicos por dia) e a British Gas (6,10 milhões de metros cúbicos por dia).

Segundo a assessoria de imprensa da ANP, ambas as empresas pediram o adiamento da análise das propostas por um período de 180 dias, mesmo prazo estabelecido no decreto de nacionalização das reservas bolivianas para o período de transição às novas regras. A ANP estuda a possibilidade de suspender a licitação por falta de interessados.

No processo, a Repsol/YPF havia feito proposta para ampliar a capacidade do gasoduto em 6,6 milhões de metros cúbicos por dia, a Total em 5,65 milhões de metros cúbicos por dia e a Petrobras em 15,00 milhões de metros cúbicos por dia, totalizando com a BG e a PanEnergy 36,05 milhões de capacidade, além dos 30 milhões atuais, em prazos variáveis entre 15 e 20 anos.

A Bolívia, na época do início do processo licitatório, cerca de três meses antes do decreto do presidente Evo Morales, mas já no atual governo, havia expressado a possibilidade de expandir a capacidade do duto no lado boliviano em 21 milhões de metros cúbicos por dia. Logo que foi publicado o decreto boliviano, o presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, comentou que não havia mais clima favorável para o investimento.

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