O ano está acabando mais cedo para o Santos. Depois de três anos de grandes conquistas – dois campeonatos e um vice brasileiros e vice campeão da Libertadores – os santistas viram seu time definhando desde a saída de Robinho, que entregou a equipe em primeiro lugar ao trocar a Vila Belmiro pelo Real Madrid de Vanderlei Luxemburgo. Sem chances de conseguir o título brasileiro, a equipe luta por uma vaga cada vez mais difícil na Libertadores da América.

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Por conta disso, a diretoria já procura reforçar o elenco para 2006: há informações de que o goleiro Roger e o lateral Gabriel já teriam assinado pré-contrato e aguardam apenas a liberação pelos seus clubes no final do ano. A diretoria desmente oficialmente essas contratações, assim como a do atacante Washington, cujo nome está sendo muito comentado na Vila Belmiro.

Junto com Robinho, saíram também o lateral-esquerdo Léo e o atacante Deivid, desmontando a base do time. Mas os problemas do Santos começaram ainda em 2004, quando houve o começo do desmanche. Jogadores importantes como a dupla de zaga formada por Alex e André Luís, os volantes Renato e Paulo Almeida e o meia Diego deixaram a Vila Belmiro.

Como o técnico era Vanderlei Luxemburgo, o time conseguiu vencer o Brasileiro, mesmo com o problema surgido com o seqüestro da mãe de Robinho, que afastou o craque durante a retomada da liderança do campeonato.

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Time campeão, a diretoria tomou duas providências para garantir uma temporada vitoriosa em 95. Chamou Robinho e alongou seu contrato, numa medida para evitar a ameaça de sua transferência para o futebol europeu que já pesava naquela época. Renovou também o contrato do treinador e começou a armar o time para vencer, principalmente, a Libertadores da América.

A esperança santista durou pouco. Vanderlei Luxemburgo recebeu proposta irrecusável do Real Madrid, procurou a diretoria e conseguiu a liberação. Foi aí que os problemas começaram para o Santos: Luxemburgo foi substituído por Oswaldo de Oliveira, que não aprovou, tendo sido substituído por Gallo durante o Paulista.

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Os resultados foram ruins: terceiro lugar no Paulista, desclassificação nas quartas-de-final da Libertadores e nas eliminatórias da Copa Sul-Americana. Mesmo assim, os santistas mantiveram Gallo à frente do time e a queda maior ocorreu durante o Brasileiro: em julho, deixaram o time Robinho, Deivid e Léo.

O impacto foi grande e o Santos, que já vinha apresentando grandes deficiências, acabou se perdendo de vez. A reposição não ocorreu na velocidade pretendida por Gallo e o destaque foi a contratação de Giovanni. Luís Alberto e Kleber foram outras duas contratações que deram certo, mas a maioria das promessas que chegaram não renderam o esperado.

Quando as chances no Brasileiro começaram a diminuir, Gallo caiu para a chegada de Nelsinho Baptista. No mesmo dia, Luizão e Cláudio Pitbull chegaram para resolver o problema do ataque desfalcado por Robinho e Deivid, mas em poucas semanas os dois estavam no banco de reserva.

Heleno, um volante desconhecido chegou junto com eles e, ao contrário dos dois atacantes, conseguiu imediatamente a condição de titular.

Oswaldo de Oliveira, Gallo e Nelsinho Baptista adotaram o mesmo discurso para justificar a má fase: grande quantidade de desfalques por contusão ou suspensão. Com efeito, raramente o mesmo time disputou duas partidas seguidas e aí ficou evidenciado outro problema: a falta de um banco de reservas à altura.

O experiente Basílio observa a situação e comenta: "o clube havia mantido a base durante três anos em que fez grandes conquistas, mas teve de fazer uma grande reformulação e isso leva tempo para recuperar a mesma produção". Para ele, o entrosamento requer um certo tempo e só se consegue com uma seqüência boa de jogos.