A anistia política ao ex-deputado cassado José Dirceu opôs o candidato Arlindo Chinaglia (PT-SP) ao deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP) no debate entre os candidatos à presidência da Câmara. Embora tenha negado que vá dar aval aos planos de Dirceu Chinaglia deixou claro que colocará em votação qualquer projeto de iniciativa popular que chegar à Câmara.

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A intenção de Dirceu é obter um milhão de assinaturas, o que permite a apresentação de um projeto que não seja de autoria dos parlamentares nem do Executivo. Durante o debate, ele se irritou com o candidato Gustavo Fruet (PSDB-PR) e o desafiou a provar que ele estivesse orientando sua candidatura à anistia do deputado cassado.

Em entrevista após o fim do debate, Chinaglia não quis responder se era a favor ou não da anistia ao ex-deputado. "Se eu falar contra, estarei dizendo que vou obstruir a votação. Se eu disser o contrário, estarei dizendo que vou conduzir a votação a favor. Não sou a favor nem contra. E digo mais, não patrocinarei nem dificultarei o projeto de iniciativa popular", afirmou Chinaglia. Confrontado com a declaração de Chinaglia, o presidente da Câmara, Aldo Rebelo, respondeu: "Respeito a opinião do deputado Chinaglia, mas ele tem as prioridades dele. Não tenho de ter as mesmas prioridades".

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