Os animais de estimação comercializados em pet shops e aviários de Curitiba devem, obrigatoriamente, ter microchips de identificação. Para orientar comerciantes e clientes sobre isso, equipes da Rede de Defesa e Proteção Animal, da Secretaria Municipal do Meio Ambiente, estão percorrendo os estabelecimentos do gênero em Curitiba.
“Esta lei é muito importante, pois ajuda a diminuir os casos de abandono de animais, além de evitar roubos”, afirmou o dono de um pet shop no bairro Bigorrilho, Alexandre Brey.
Ele conta que, dias atrás, um cão da raça Shitsu foi levado ao pet shop para receber banho e tosa, mas os funcionários desconfiaram que se tratava de um cão roubado. “Graças ao microchip, confirmamos que era o mesmo animal, que pode voltar à verdadeira dona”, contou Brey.
A Lei Municipal 13.914, de 23 de dezembro de 2011, determina que os estabelecimentos devem microchipar os animais comercializados. Os números dos registros são incluídos no Sistema de Identificação Animal (SIA) da Rede de Defesa e Proteção Animal, da Secretaria Municipal do Meio Ambiente.
Legislação
O prazo de 90 dias concedido para que os estabelecimentos se adequassem à nova Lei expirou em março. Desde então, os comerciantes são obrigados a fornecer o certificado da microchipagem com registro no SAI, as vacinas apropriadas de acordo com a idade do animal e o certificado que o classifica como esterilizado ou reprodutor.
Atualmente, 7.377 animais estão cadastrados no SIA, mas a expectativa é que este número aumente com o trabalho de orientação que está sendo feito pela Rede.
Cliente consciente
“Os clientes dos petshops e aviários podem ajudar a fiscalizar, exigindo a microchipagem no momento da compra”, explicou o diretor do Departamento de Pesquisa e Conservação de Fauna da Secretaria Municipal do Meio Ambiente, Alfredo Trindade.
A Relações Públicas Danielle Christiane Nogueira comprou um filhote de Mini-Maltês um pouco antes da Lei entrar em vigor. Ela pretende microchipar a cachorrinha Luna em breve. “Vi uma matéria no Animal Planet que mostrava que a Lei já existe em várias grandes cidades do mundo”, disse.
A técnica da Rede de Defesa e Proteção Animal , Sueli Sasaoka, que acompanhou a ação, explicou que a microchipagem, além de muitas outras vantagens, é uma exigência em viagens internacionais de animais domésticos.
Segundo o comerciante Alexandre Brey, seus clientes estão mais conscientes em relação à necessidade da microchipagem. Em média, o petshop tem feito dez procedimentos por mês, além dos realizados em animais comercializados. O custa unitário da microchipagem é em torno de R$ 80.
Nas edições da feira Amigo Bicho, promovidas bimestralmente pela Secretaria Municipal do Meio Ambiente e que percorrem todas as regionais da cidade, a microchipagem é gratuita. A próxima está agendada para o dia 22 de setembro, no Centro Cívico.