O diretor da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) Edvaldo Santana disse nesta terça-feira (06) que no segundo ciclo de revisão tarifária das distribuidoras de energia, iniciado nesta terça-feira com a abertura da proposta de reajuste para a Companhia Energética do Ceará (Coelce), as tarifas deverão ter reajustes "muitos baixos ou até negativos". "Essa é a tendência", disse.
Santana acrescentou que não necessariamente as outras companhias que passarão por revisão neste ano terão reduções tão fortes como a proposta para a Coelce, de 6,67%. "Mas é possível que reajustes pequenos ou reduções se repitam nas demais empresas que passarão por revisão neste ano." Além da Coelce, passarão por revisão tarifária em 2007 a Eletropaulo, Elektro, CPFL Piratininga, Bandeirante Energia (todas de São Paulo); a Celpa, do Pará; e a capixaba Escelsa.
Segundo ele, essa tendência de reajustes menores ou reduções de tarifas se deve a três fatores. O custo da energia, que teve uma significativa queda em relação ao primeiro ciclo de revisões, iniciado há cerca de quatro anos, devido aos leilões de energia existente promovidos pelo governo.
"O leilão de energia existente feito em 2004 pressionou os preços para baixo", disse o diretor da Aneel, ressaltando que, no caso da Coelce, o custo da energia comprada caiu de R$ 120/MWh no primeiro ciclo para R$ 75/MWh após o leilão.
Outro fator é a maior estabilidade da economia, com a redução dos juros e do risco Brasil. "Tudo isso influencia o custo de capital, que foi reduzido de 11,26% no primeiro ciclo para 9,98% neste segundo ciclo.
