O diretor da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Edvaldo Santana, disse nesta segunda-feira (26) que o consórcio Energia Sustentável, vencedor do leilão da usina hidrelétrica de Jirau liderado pela Suez, ainda não apresentou formalmente à Aneel sua proposta de alteração no projeto de construção da hidrelétrica. "Nós não temos nada, ainda, a não ser o que foi passado no filme", disse Santana, referindo-se ao documentário institucional exibido pelo consórcio, logo após o fim do leilão, no qual o grupo, encabeçado pela Suez, anunciou que pretende construir Jirau em um ponto do Rio Madeira, em Rondônia, nove quilômetros distante daquele previsto na concepção original da usina.

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Segundo os vencedores do leilão, o deslocamento da usina da cachoeira de Jirau para a cachoeira do Inferno permitirá uma economia de R$ 1 bilhão na obra civil. O consórcio perdedor, entretanto, liderado por Furnas e Odebrecht está questionando essa alteração. Santana afirmou que, pelo cronograma do leilão, a data prevista para apresentação de alterações no projeto será apenas após a assinatura do contrato de concessão da usina, prevista para janeiro de 2009.

O diretor da Aneel também informou que dentro da agência essas alterações precisarão passar apenas pelo crivo da superintendência de gestão e estudos hidroenergéticos. Indagado sobre se, como questiona o consórcio perdedor, a alteração seria irregular, Santana disse que não tem como opinar, porque a agência não foi informada oficialmente pela mudança.

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