Anatel alerta que operadoras terão de fazer comparativo de planos

As concessionárias de telefonia fixa terão que apresentar por três meses seguidos um comparativo dos dois planos de cobrança das ligações locais por minutos. O cliente receberá uma fatura com base no plano que tiver escolhido e junto um aviso de quanto seria a conta caso ele tivesse optado pelo outro plano. A idéia de oferecer ao cliente uma comparação dos dois planos, o básico e o alternativo, foi apresentada no início do mês pela Comissão de Defesa do Consumidor da Câmara dos Deputados.

A cobrança por minuto, no lugar de pulsos, começou a ser implantada pela Telefônica, Telemar e Brasil Telecom neste mês e terá de ser concluída até 31 de julho. Com a cobrança por minuto o cliente terá direito a uma conta detalhada, com a lista de todas as ligações locais, a duração e o valor de cada chamada.

As empresas terão que oferecer dois planos: o básico, que é ideal para quem faz chamadas de menos de 3 minutos, e o alternativo, para o cliente que tem o hábito de fazer ligações longas ou que utiliza a linha telefônica para se conectar à internet. O cliente que não se pronunciar irá diretamente para o plano básico, mas poderá escolher o alternativo a qualquer momento.

O temor dos parlamentares e de entidades de defesa do consumidor apresentado em audiência pública na Comissão, é de que o cliente não faça a opção pelo plano mais adequado. Daí surgiu a idéia de se fazer a comparação por três meses. "Estamos trabalhando no sentido de fazer disso uma obrigação", disse o superintendente de Serviços Públicos da Anatel, Gilberto Alves. "As empresas estão relutantes, mas cientes", afirmou o superintendente, que está confiante de que será construído um acordo com as operadoras.

Alves se reuniu nesta quinta-feira (29) com representantes das concessionárias para fazer um acompanhamento do processo de implantação da cobrança por minutos. Segundo ele, as operadoras informaram que "tudo está dentro da normalidade". A conversão, segundo Alves, já foi implantada em cerca de 160 cidades, mas nas capitais a mudança deverá ocorrer no mês de julho, até para que o sistema seja bem testado.

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