Brasília – O crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) ? soma das riquezas produzidas no país ? deve ficar em 2,8% neste ano, de acordo com o boletim Focus, divulgado nesta segunda-feira (11) pelo Banco Central com os resultados de pesquisa com uma centena de analistas de mercado e de instituições financeiras. A estimativa ficou abaixo da projeção anterior, que era de 2,86%.

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A queda reflete a redução na estimativa do mercado para o crescimento da produção industrial, que caiu de 3,13%, na semana passada para os atuais 3,09%. A projeção de crescimento industrial para 2007 também recuou de 4,1% para 4%. Ainda assim, a estimativa de 3,5% para o crescimento do PIB no ano que vem foi mantida pelos economistas do setor privado.

O boletim Focus reduz, porém, o cálculo de equivalência entre a dívida líquida do setor público em relação ao PIB, antes estimada em 50,17%, e que, pelas contas atuais, deve terminar o ano em 50,10%. Isso significa dizer que mais de metade da produção interna está comprometida com a dívida do país; mas, segundo as projeções de mercado, a relação dívida/PIB deve cair para 49% no final de 2007.

A pesquisa do BC manteve as projeções de US$ 45 bilhões para o saldo da balança comercial (exportações menos importações) deste ano e de US$ 38 bilhões no ano que vem, com provável melhora para o saldo de conta corrente, que envolve todas as transações comerciais e financeiras com o exterior.

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Pelos cálculos dos analistas, o saldo de conta corrente deste ano vai melhorar da projeção anterior de US$ 12,10 bilhões para US$ 12,50 bilhões; e subirá de US$ 5,65 bilhões para US$ 6 bilhões em 2007.

São estimativas de um cenário de mercado no qual a cotação do dólar norte-americano terminaria este ano valendo R$ 2,15 e cheguaria a no máximo R$ 2,25 no encerramento de 2007, com perspectiva de que a taxa básica de juros (Selic) ceda dos atuais 13,25% ao ano para 13% já na reunião que o Comitê de Política Monetária (Copom) realizará nos dias 23 e 24 de janeiro.

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Mais otimistas a este respeito, os analistas econômicos projetam taxa de 12,34% no final de 2007, contra estimativa de 12,41% na pesquisa anterior.