A inflação deste ano deve ser de 3,98%, de acordo com projeções de uma centena de analistas de mercado consultados pelo Banco Central na última sexta-feira (30). De acordo com informações contidas no boletim Focus, distribuído hoje (3) pelo Banco Central, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), em queda há cinco semanas, pela primeira vez cai abaixo dos 4%, uma vez que a projeção da pesquisa anterior era de 4,04%.
Essa melhora no controle inflacionário é resultado, em parte, da redução dos preços no decorrer de junho; principalmente dos alimentos. Os economistas da iniciativa privada estimam que a inflação do mês passado, a ser anunciada na próxima sexta-feira (7) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) será em torno de -0,10% – a primeira deflação (inflação negativa) do ano.
Esse comportamento de preços em queda também se refletirá no mês em curso, de acordo com a expectativa dos entrevistados. Na semana passada, eles estimavam IPCA de 0,35% em julho e na pesquisa desta semana calculam 0,30%. Em contrapartida, a mesma pesquisa projeta aumento de 4,23% para 4,34% na inflação dos próximos 12 meses, considerando que as previsões de inflação no atacado (comércio e indústria) estão em alta há quatro semanas.
No varejo, porém, os preços continuam em queda, e o Índice de Preços ao Consumidor, medido pela Fundação Instituto de Pesquisa Econômica (IPC-Fipe) da Universidade de São Paulo (USP) prevê inflação ainda menor na capital paulista, com queda de 3,02%, na semana passada, para 2,91% na pesquisa atual.
A única projeção de inflação ao consumidor em linha com a meta de 4,50%, tanto neste ano quanto no próximo, se refere aos preços administrados por contrato, ou monitorados (combustíveis, energia elétrica, telefonia, educação, medicamentos, transporte urbano, água, saneamento e outros).