Analista político descarta saída de Palocci do governo

Apesar do desgaste provocado pelo depoimento do caseiro Francenildo dos Santos Costa, mais conhecido como "Nildo", o analista político Christopher Garman, do Eurasia Group, descarta a saída do ministro da Fazenda, Antonio Palocci, do governo.

Hoje, de acordo com Garman, a situação de Palocci é muito mais favorável do que há alguns meses, quando o presidente Luiz Inácio Lula da Silva relutava em dar apoio incondicional a ele, que contava com o respaldo da oposição.

Ontem (15), completou, Lula disse que Palocci é inabalável, embora hoje o PSDB tenha retirado o apoio que dava a ele. "A situação hoje é muito melhor. A chance dele cair é menor do que no passado", disse.

No segundo semestre de 2005, afirmou o analista político a oposição era complacente em relação a Palocci por temer uma crise econômica. "Existia uma possibilidade até de impeachment", lembrou, afirmando o apoio que a oposição dava ao ministro da Fazenda.

Hoje, Garman disse que a estabilidade econômica e a proximidade da eleição presidencial fazem com que os partidos de oposição se voltem contra Palocci. Em contrapartida, o presidente, com popularidade fortalecida, aproximou-se do ministro.

"Se o ministro Palocci caísse, teria uma repercussão no curto prazo", disse, negando que o mercado reagiria com indiferença. "A saída (de Palocci) tiraria a espinha dorsal do governo", acrescentou. De acordo com o analista, após o estresse inicial, o mercado se acomodaria porque descarta uma mudança maior no curto prazo. "A preocupação seria em relação ao rumo de um segundo mandato do governo Lula. Esse seria um temor para a campanha eleitoral", disse.

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