Sem conseguir apresentar um plano que dê resultados imediatos para o caos aéreo, a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e o Comando da Aeronáutica começaram a conversar com as empresas aéreas sobre a possibilidade de redução de vôos em determinados horários da manhã e da noite considerados de pico. Mas já há reações. A conclusão do setor é que essa medida não será fácil de ser implementada porque as empresas alegam existem horários concentrados por causa da demanda.
O diretor do Sindicato Nacional das Empresas Aéreas (Snea) e também da TAM, Paulo Castello Branco, explicou que há clientes que saem pela manhã de uma cidade, por razões de trabalho, e querem voltar no final do dia. "Esses horários as empresas não têm como mudar", afirmou, ressaltando que as empresas não se negam a adequar o que "for possível".
Além da TAM, também se reuniram nesta quarta-feira (22) com as autoridades representantes da Gol, Oceanair, BRA, Webjet e Varig. Na semana que vem, a Anac pretende discutir com empresas aéreas especificamente a situação dos vôos fretados (charter). Zuanazzi negou que exista qualquer intenção de proibir vôos fretados. "Eles são fundamentais para muitas organizações de férias", afirmou, mas acrescentou que a disposição é negociar com as empresas a realização dessas operações em horários de menor utilização dos aeroportos.
O comandante do Departamento de Controle de Tráfego Aéreo (Decea), Paulo Vilarinho, informou que até o final desta semana poderá entrar em funcionamento a estratégia de descongestionar a vigilância aérea do Cindacta 1 em Brasília. A Aeronáutica está concluindo estudos técnicos para redistribuir o controle de vôos do Norte para Sul – que passam em Brasília – para os centros de controle de Manaus e Recife.
