As companhias aéreas começaram nesta quarta-feira (22) a ser obrigadas a informar com mais rapidez as autoridades sobre atrasos nos vôos programados já percebidos antecipadamente. Os dados irão para um posto virtual de informações, mantido no gabinete de crise coordenado pela Aeronáutica e pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), no Rio de Janeiro, que se encarregará de avisar imediatamente os centros de controle de tráfego, funcionários da Infraero e dos balcões check-in nos aeroportos, além dos pilotos e demais funcionários das empresas que atendem o público.
Com essa medida, acertada ontem entre Anac, Aeronáutica e empresas aéreas, o governo espera melhorar o fluxo de informações sobre os atrasos e, por um lado, desafogar o trabalho dos controladores e reduzir as demoras e, por outro, "desestressar" os passageiros que enfrentam longas horas de espera para poderem viajar. A principal reclamação dos usuários é justamente a falta de informações precisas nos aeroportos.
O presidente da agência, Milton Zuanazzi, reconheceu que, desde o início da crise nos aeroportos, há mais de um mês, havia um "certo desencontro" entre as autoridades aeronáuticas e as empresas na comunicação sobre a crise dos aeroportos. Segundo Zuanazzi, a expectativa é que os controladores, por exemplo, sabendo antecipadamente que há vôos atrasados em sua origem, possam evitar retenções desnecessárias de decolagens ou pousos nos aeroportos de conexões por temerem sobrecarga no monitoramento dos aviões em determinados momentos. "Confiamos que isso pode trazer bons avanços", comentou. Até hoje, disse ele, a comunicação de atrasos de vôos pelas empresas acontecia, algumas vezes, até minutos antes do horário marcado, o que dificultava o gerenciamento das partidas e chegadas de conexões.
