O presidente da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), Milton Zuanazzi, disse esperar que hoje "ainda seja um dia muito complexo nos aeroportos do País". Segundo ele, essa expectativa deve-se ao fato de que ontem houve um grande represamento de vôos, inclusive com os cancelamentos determinados pela agência das decolagens noturnas de Brasília, Belo Horizonte e São Paulo, exceto ponte aérea, o que provocou uma forte demanda deprimida.

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"É tipo uma grande enchente em que a água enche mais rápido do que esvazia. Por isso o dia de hoje será bastante complexo", disse Zuanazzi ao chegar para a abertura do 6º Congresso da Associação Brasileira de Empresas de Transporte Aéreo Regional (Abetar). Ainda segundo ele, os brasileiros não precisam ter medo de voar por causa dos recentes tumultos nos aeroportos, já que, segundo ele, o caos só tem ocorrido justamente por causa da segurança nos vôos.

"Todo o sistema está atento para não permitir vôos sem segurança", afirmou Zuanazzi. Ele acrescentou que a Anac não pode fazer acusação sobre as causas dos problemas técnicos ocorridos ontem na comunicação entre as torres e os aviões, ao ser questionado se a agência tem confirmação de que houve sabotagem no sistema. Ele apenas afirmou que a Aeronáutica é que está investigando o caso.

Para o presidente da agência, a realização de um congresso como o da Abetar, hoje, que quer discutir saídas para o crescimento do setor aéreo regional, não significa uma coincidência infeliz, já que nos últimos dois meses os problemas nos aeroportos têm afetado as ofertas de vôo e a procura de passageiros por aviões. "O que temos vivido nos últimos dias é uma crise passageira. E não é por causa dela que temos que paralisar os projetos de crescimento das empresas. O importante é continuar investindo em infra-estrutura, equipamentos e pessoal", disse Zuanazzi, acrescentando que desde 2000 essa infra-estrutura aeroportuária no País melhorou consideravelmente.

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