Agência Nacional de Águas (ANA) autorizou a liberação de R$ 9,7 milhões em recursos para obras de revitalização de rios e despoluição e recuperação de lagoas nos municípios de Bagé (RS), Araruarama (RJ), Búzios (RJ) e Belo Horizonte (MG).
Para as obras de recuperação da Lagoa da Pampulha, a ANA liberou R$ 5,8 milhões. A verba foi garantida por emenda parlamentar da bancada de Minas Gerais, na Câmara Federal, e é destinada a obras de limpeza da lagoa, em especial a retirada de 270 mil metros cúbicos de areia e entulhos, que serão depositados em terreno próximo, de propriedade da Infraero. Tendo em vista o passivo ambiental ainda existente na bacia da Pampulha, a maior parte das medidas será de natureza corretiva e muitas visam reduzir os impactos ambientais registrados na região. A bacia da Pampulha abrange 97 km2 nos municípios de Belo Horizonte e Contagem. Os maiores problemas são o assoreamento e a contaminação das águas.
Para Araruama e Búzios serão destinados R$ 2,4 milhões para obras de despoluição da Lagoa de Araruama e a construção de uma escada de peixes. Nos últimos três anos foram dragados 50 mil metros cúbicos ao longo do Canal do Itajuru. A previsão é que se retire desse local cerca de 750 mil metros cúbicos de material. A Lagoa de Araruama, a maior do mundo em hipersalinidade permanente, sofria com o processo de assoreamento e passava por sérios riscos de desestabilização ante do início das obras de recuperação. Um estudo feito pela Coppetec/UFRJ, em 2001, demonstrou a necessidade de dragagens corretivas para melhorar a circulação da água. Se nada fosse feito em dez ou, no máximo, em 20 anos, a lagoa poderia transformar-se em 11 pequenas lagunas.
Para Bagé foram repassados R$ 1,5 milhão para a revitalização do Rio Negro. A verba faz parte de um acordo assinado pelo Ministério do Meio Ambiente e a prefeitura de Bagé (RS), no ano passado, para a recuperação do rio. Suas nascentes estão nos arredores do município gaúcho e suas águas vêm sendo poluídas ao longo dos anos com o despejo de esgotos urbanos e rurais. Depois de deixar o Brasil, o Rio Negro se torna a maior fonte de água do interior do Uruguai.