Apenas 41 dias depois de anunciar o nome do sociólogo Emir Sader para a presidência da Fundação Casa de Rui Barbosa, e antes mesmo de lhe dar a posse do cargo, a ministra da Cultura, Ana de Hollanda, decidiu trocá-lo.
A avaliação da ministra, segundo interlocutores, é de que Sader estava trabalhando para desestabilizá-la, o que ficou claro numa entrevista publicada na Folha de S. Paulo no último domingo. Nela, ele disse que Ana é “meio autista”, referindo-se a uma suposta falta de firmeza em sua tomada de decisões no MinC.
O comunicado da ministra, hoje, foi brevíssimo: diz apenas que Sader está fora e que o novo nome será divulgado em breve. O dele, postado em seu blog pouco depois, não fala diretamente da decisão da ministra, mas diz que o MinC “tem assumido posições” das quais ele discorda “frontalmente”, o que tornou “impossível” seu trabalho.
No comunicado, Sader acusa a “direita”, com sua “brutalidade típica”, de derrubá-lo, para evitar que ele continue lutando pelo “fortalecimento do pensamento crítico” contra “o pensamento único” no País.